“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor". Luiz Luz Gonzaga " Gonzagão"
terça-feira, 28 de junho de 2011
GONZAGÃO! FILHO DO SERTAO, MAJESTADE DO BAIÃO, 100 ANOS EM GLÓRIA!
GONZAGÃO! FILHO DO SERTAO, MAJESTADE DO BAIÃO, 100 ANOS EM GLÓRIA!
A tradicional irreverência da Mocidade Unida da Glória, em 2012, se rende em homenagem ao grande mestre Luiz Gonzaga do Nascimento, cuja trajetória reluz no cenário da poesia e da Música Popular Brasileira.
A grandiosidade de vida e obra do rei do baião permitirá uma deliciosa viagem pela cultura e costumes nordestinos, por meio de uma explosão de cores na avenida, marcada pela alegria das festas juninas, dos forrós pé de serra, do baião, do xote e do xaxado. Pela riqueza do folclore e das crendices do Estado de Pernambuco! Uma diversidade de nuances e sons que caracterizam o reinado de Seu Lua.
Luiz Gonzaga, nordestino guerreiro, de olhar e procissão, do Nordeste pioneiro, de lutas e tradição!
Oxente! Salve, salve, Sua Mejestade!
SINOPSE:
È Hoje! Estamos em 13 de dezembro de 1912. Olhe pro céu estrelado e veja como ele está lindo. Risca o luar de prata de Exu uma estrela cadente, talismã nordestino, e os arautos celestiais com enormes Asas Brancas, anunciam boa sorte e proteção. Na matriz, os sinos de Deus ecoam no soar dos meus tambores, no tocar dos tamborins: chegara o filho do sertão!
A criança de pele dourada com traços angelicais surge do Baião de Dois entre o cometa Januário e estrela Santana. Luiz Gonzaga do Nascimento, o nome todo homenagem: Luiz para Santa Luiza, festejada em 13 de dezembro; Gonzaga o sobrenome que o padre José Fernandes Medeiros escolheu para São Luiz Gonzaga; e Nascimento por ter o menino nascido bem próximo dos festejos de Natal.
Vici, o bichim veio mesmo predestinado. Em 05 de janeiro de 1913 foi batizado, vésperas da Folia de Reis. E não é que virou REI mesmo.
Viva! Hoje é dia de Reisado! Vamos brincar passarela a fora. Foliões, pastoras, figuras e moleques se reúnem para festejar com sanfona, zabumba, triângulo e pandeiro. Na fazenda Caiçara, o menino Lula cresce ouvindo o fole de oito baixos de seu pai.
Em 1920, com apenas oito anos de idade, tem início o reino das Lindas Canções. A pedido de amigos de seu Januário, Luiz substitui um sanfoneiro em festa tradicional. Canta e toca a noite inteira com direito a pagamento de vinte mil réis. E aí cumpadi, com todo respeito à Dona Santana, mas o agradim amoleceu o coração da mãe que não queria o menino sanfoneiro. Os convites nunca mais pararam e nos arredores do Araripe todo mundo já sabia quem era “Luiz de Januário, Lula, Luiz Gonzaga… aos 15 anos. Em feiras, festejos e forrós, o jovem Gonzaga sempre em companhia do velho Januário.
Em Fortaleza, serve às Forças Armadas. Cumprida a missão, ruma ao sul maravilha! Passa por vários lugares e conhece a garoa da Selva de Pedra, mas é na cidade maravilhosa que faz morada e da música o ganha pão.
Zona do meretrício carioca, primeiro emprego. Nos cabarés da Lapa e nos “inferninhos” da Praça Onze diverte marujos, prostitutas e nordestinos. Poucos sabem, mas o repertório de Luiz à época é de tangos, valsas e boleros.
De um conterrâneo pernambucano vem a cobrança pelas origens. Por que não tocar canções da terra Natal para matar as saudades? E assim xaxados, chamegos, cocos e xotes, como na infância com o velho Januário, retornam à vida de Gonzagão.
No gogó e na sanfona, Luiz Gonzaga ensaia. Nas ondas da Rádio Nacional, a mais importante emissora do país da década de 40, meu padim, Padre Ciço abençoa a sintonia do Fole Prateado. O frenesi de “Vira e Mexe” – primeira canção de sua autoria – lhe rende a vitória no concurso de calouros do programa Ary Barroso. Ovacionado pela platéia, o sanfoneiro garante contrato, com direito a gravação de dois elepês em 78 rotações.
O artista que jamais renega suas raízes estende a homenagem aos irmãos nordestinos para além das notas musicais. O terno e a gravata jamais subiriam aos palcos novamente em suas apresentações. Inspirado em Lampião, rei do cangaço, forte marca de seu povo, Gonzagão agora é herança, Gonzagão é chapéu de couro e gibão!
Nas andanças por este país, desenvolve estilo próprio. Piadas, críticas ao descaso dos governos e causos de sua vida artística dividem o palco com belas canções que retratam a alegria, a esperança e fé a força do povo nordestino. “Xote, baião e xaxado, violeiro e cantador”, frevo e maracatu, que Luiz canta com todo agrado e louva com todo amor.
Na carinhosa homenagem de Paulo Gracindo, o rosto arredondado se torna o apelido Seu Lua. Para a amiga Elba, Luiz é Leão do Norte, assim como João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna ou a calunga revelando o Carnaval.
O talento sobe degrau a passos largos e o reinado se fortalece. Vossa Majestade traz lições. Em 1946 resolve mostrar como se dança o baião. “E quem quiser aprender, é favor prestar atenção”. A canção estoura nas paradas de sucesso e parte pra turnê mundial em diversas vozes: Espanha, Itália, França, Estados Unidos e Japão. Cai nos encantos da pequena notável. Todos querem gravar Baião.
Ao lado do parceiro Humberto Teixeira, nascem outros clássicos do repertório: Assum Preto, Respeita Januário, Meu Pé de Serra. Mas quando o verde dos “óio”, se “espaia” na prantação” surge a Asa Branca da saga nordestina, Asa Branca da saudade. Asa Branca do Sertão!
“Nós já cantemos o baião e o pé de serra. E a Asa Branca que veio lá da nossa terra. Mas nós agora temos coisa bem melhor. Temos a nova dança que se chama o siridó” Um passo à frente, dois atrás, uma vortinha. Vamo até de manhãzinha. Na nota dó, nasce o Siridó… mais uma com Teixeira.
Os costumes e a cultura nordestina se destacam na parceria com Zé Dantas. A dupla anuncia as Vozes da Seca, o ABC do Sertão e o desabrochar da Juventude: “… Toda menina que enjôa da boneca é siná que o amor já chegou no coração”. Tudo é poesia! A flor do Mandacaru se torna deusa do asfalto na Passarela.
Os versos da canção autobiográfica surgem ao lado de Hervê Clodovil. Em A Vida do Viajante, sua vida é andar por esse país, pra ver se um dia descança feliz. Guardando as recordações, das terras onde passou, andando pelos sertões e dos amigos que lá deixou. Seu Lua faz história seu moço, e das boas!
Em Caruaru é dia de São João, a quadrilha vai começar. Olha a chuuvaaaaaaa, já passou! Minha gente vem pro terreiro. Gonzagão empresta estilo próprio pra falar de amor e saudade do sertão em cantigas que alegram as Festanças do folclore nordestino. Vixi seu moço, oiá que belezura de mágica com a terra: são os bonecos do ceramista Vitalino!
Luiz Gonzaga do Nascimento retratou a vida, os costumes e o folclore de seu povo sim sinhô seu moço. Mas fez muito, muito mais que isso. Seu Lua colocou todo mundo pra dançar! Dançar baião, xote, xaxado, e chamego.
De A a Z, mais de mil canções, pra ficar de rosto colado ou levantar a poeira da terra do mandacaru, do cangaço e da caatinga. Fez obra musical única, carregada de arranjos, ritmos, harmonias e melodias. Criou partituras de amor, orgulho e alegria para desenhar notas musicais que embalam a alma.
E assim, em chapéu de couro e gibão, atendendo ao pedido de Vossa Majestade durante último show no Teatro Guararapes, do Centro de Convenções de Recife, em 06 de junho de 1989, nosso Gonzagão será lembrado “como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Lembrado como filho de Januário e dona Santana”
Enfim, um centenário em meio a muita festa, 100 anos em glória! A Mocidade enaltece o luxuoso centenário do poeta, instrumentista, cantor e compositor da música verdadeiramente popular brasileira. Filho do sertão, majestade do baião! Em nossa viagem fantasia, o chapéu de couro é chapéu de bamba. Coberto com o manto vermelho e branco da Mocidade, o Leão do Norte hoje é Leão da Glória.
Muitíssimo obrigado mestre! A Mocidade hoje te reverencia:
“Do trabalho com amor nasceu. Um cenário de tempos passados que não morreu. Na pedra o homem talhou, sua fé, sua luta brotou. E lá no Nordeste, nas terras do agreste. Pra sempre ficou…” (Nova Jerusalém – Luiz Gonzaga)
GONZAGÃO! FILHO DO SERTAO, MAJESTADE DO BAIAO, 100 ANOS EM GLÓRIA!
Petterson Alves
Carnavalesco
Petterson Alves e Luciene Araújo
Elaboração do Texto
Luciene Araújo, Kelly Soares, Dave Cavatti, Leonardo Soares e Gabriel Mello
Comunicação, Pesquisa e Documentação artística
Tradução do português para inglês
Gonzagão! SON OF wilderness, MAJESTY'S Bay, 100 YEARS IN GLORY!
The traditional irreverence of Youth United of Glory, in 2012, surrenders in honor of the great master Luiz Gonzaga do Nascimento, whose career in the scenery flashes of poetry and Brazilian Popular Music.
The grandiosity of the king's life and work of the bay lets a delightful trip through northeastern culture and customs, through an explosion of color on the avenue, marked by the joy of state fairs, the forró pé de serra, the bay, and xote xaxado. The wealth of folklore and superstitions of the State of Pernambuco! A variety of nuances and sounds that characterized the reign of Your Moon
Luiz Gonzaga Northeastern warrior, and a procession of looking, a pioneer in the Northeast, and tradition of struggle!
Oxente! Save, save, Your Majesty!
SYNOPSIS:
It's Today! We at December 13, 1912. I looked at the starry sky and see how it looks beautiful. Scratch the silver moonlight Exu a shooting star, talisman northeastern and the heralds of heaven with huge white wings, announce good luck and protection. In the matrix, the bells of God echo the sound of my drums, the playing of tambourines, the son of the interior come!
The golden-skinned child with traces of angelic arises from Baião Two of the comet and star Gennaro Santana. Luiz Gonzaga do Nascimento, the full name of honor: Louis to Santa Luiza, celebrated on December 13, Gonzaga's last name that Father José Medeiros Fernandes chose to Sao Luiz Gonzaga, and Birth by having the child born very close to the Christmas festivities.
Vici, the bichim came even predestined. On January 5, 1913 was baptized, the eve of the Festival of Kings. And it's not even turned REI.
Viva! Today is Epiphany! Let's play off the runway. Revelers, pastors, figures and boys gather to celebrate with accordion, bass drum, triangle and tambourine. On the farm Rascal, the boy grows up listening to Lula eight low bellows of his father.
In 1920, only eight years old, begins the realm of beautiful songs. At the request of his friends Gennaro, an accordion player in Luiz replaces traditional feast. Sings and plays all night with a right to payment of twenty thousand reis. Then Man, with all due respect to Mrs. Santana, but the agradim softened the heart of the mother did not want boy accordionist. The calls never stopped and in the vicinity of Araripe everyone knew who was "Luiz de Gennaro, Lula, Luiz Gonzaga ... to 15 years. From fairs, festivals and ceilings, the young Gonzaga always in the company of old Gennaro.
In Fortaleza, served in the military. Once the mission, heads south wonderful! Passes through various places and know the drizzle of the concrete jungle, but the city is wonderful and the music does address the livelihood.
Red-light district of Rio, the first job. In the cabaret in Lapa and "dives" Praça Onze fun of sailors, prostitutes and the Northeast. Few people know that the repertoire of Louis is the time of tangos, waltzes and boleros.
Pernambuco is a fellow of the collection by its origins. Why not play songs from their homeland to kill the longing? And so xaxados, cuddle, coconuts and xotes, as in childhood with the old Gennaro, Gonzagão return to life.
In Adam's apple and accordion, Luiz Gonzaga assay. In the waves of Radio National, the country's most important station of the 40s, my Padim Father blesses Ciço tuning Bellows Silver. The frenzy of "Turn, Move" - first song of his own - he earns the victory in the competition for freshmen program Ary Barroso. Standing ovation by the audience, the accordionist guarantee contract, entitled to record two LP at 78 rpm.
The artist would never deny their roots extend to the northeast tribute to brothers beyond the musical notes. The suit and tie would go up on stage ever again in their presentations. Inspired by Lantern, the bandit king, strong of his people, is now Gonzagão inheritance is Gonzagão leather hat and leather jacket!
In travels through this country develops its own style. Jokes, criticism of the neglect of governments and of his artistic life stories share the stage with beautiful songs that depict the joy, hope and faith the strength of the northeastern people. "Xote, and xaxado ballad, a guitar player and singer," Frevo and Maracatu, Luiz sings with all that pleased with all the love and praise.
In loving tribute to Paul Gracie, round face became the nickname for his friend Moon Elba, Louis is Lion of the North, as well as Joao Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna doll or revealing Carnival.
Talent rises step by leaps and bounds and strengthens rule. Your Majesty has lessons. In 1946 he decides to show how to dance the ballad. "And who wants to learn, please pay attention." The song bursts on the charts and world tour in part to different voices: Spain, Italy, France, the United States and in Japan falls short of remarkable charm. Everyone wants to save Baião.
Alongside partner Humberto Teixeira, born other classics of the repertoire: Assum Preto, Gennaro respects, my foot mountain. But when the green "Oio" if "espai" in prantação "comes the saga of Northeast Asa Branca Asa Branca nostalgia. Wing of the White Hinterland!
"We already sing the ballad and the foot of the mountain. And the White Wing who came there from our land. But we now have something much better. We have a new dance called the siridó "One step forward, two back, one vortinha. Let's until the early morning. In C note, is born with a ... more Siridó Teixeira.
The customs and culture of the Northeast stand out in partnership with Zé Dantas. The pair announced the Voices of Drought, the ABC's Hinterland and the bloom of youth: "... Every girl doll is sick of the doom that love is here in the heart." Everything is poetry! The flower becomes Mandacaru goddess of asphalt on the Catwalk.
The verses of the song autobiographical appear alongside Hervé Clodovil. In The Life of the traveler, his life is walking through this country, to see if one day rests happy. Keeping the memories, the land where he passed, walking through the backwoods and made friends there. His Moon makes history his servant, and good!
In Caruaru is St. John's Day, the gang will start. Look at chuuvaaaaaaa, gone! My people come terreiro. Gonzagão style lends itself to talk of love and longing for the wilderness in songs that bring cheer to bash northeastern folklore. Vixie his servant, oia beauties that magic with the land: the dolls are the potter Vitalino!
Luiz Gonzaga do Nascimento portrayed the life, customs and folklore of his people but his servant, suh. But it did much, much more than that. His Moon put everyone to dance! Dance ballad, xote, xaxado and cuddle.
A to Z, over a thousand songs, to be cheek to cheek or raising the dust of the land of cactus, the bandit and the Caatinga. He single piece of music, full of arrangements, rhythms, harmonies and melodies. Created scores of love, pride and joy to draw musical notes that surround the soul.
And so, in leather cap and doublet, at the request of His Majesty during the last show at the Teatro Guararapes, in Recife Convention Center on June 6, 1989, our Gonzagão will be remembered "as the accordionist who loved and sang very his people, the interior, who sang the birds, animals, priests, outlaws, the refugees, the brave, the cowardly, love. Remembered as a child of Santana and Ms. Gennaro "
Finally, a centennial amid much celebration, 100 years in glory! The Youth elevates the luxury centenary of the poet, musician, singer and composer of Brazilian popular music truly. Son of the interior, the majesty of the bay! On our trip fantasy, leather hat hat is shaky. Covered with the robe of red and white youth, the Lion of the Lion of the North today is Glory.
Many thanks master! The Youth reveres thee:
"The work was born with love. A scenario of times past who did not die. Carved in stone the man, his faith, his struggle arose. And there in the Northeast, in the rough land. Was forever ... "(New Jerusalem - Luiz Gonzaga)
Gonzagão! SON OF wilderness, MAJESTY'S Bay, 100 YEARS IN GLORY!
Petterson Alves
Carnival
Petterson and Luciene Alves Araujo
Preparation of Text
Luciene Araujo, Kelly Smith, Dave Cavatti, Gabriel Soares and Leonardo Mello
Communication, Research and Documentation artistic
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