“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor". Luiz Luz Gonzaga " Gonzagão"
domingo, 31 de julho de 2011
Luiz Gonzaga 22 anos após a sua morte.
22 anos da morte de Luiz Gonzaga
Que saudade deste grande homem que cantou e encantou o povo brasileiro, com seu amor e dedicação a nossa cultura e em mostra para o Brasil e para o Mundo que povo Nordestino tem seu valor e sua Cultura, me sinto muito orgulhoso de ser conterranio desse grande HOMEM que soube melhor do que ninguem representar seu povo.
Saudade Luiz
O "Rei do Baião". Dessa forma era - e é até hoje - chamado Luiz Gonzaga do Nascimento, responsável por dezenas de obras-primas da Música Popular Brasileira. No próximo domingo, dia 02 de agosto, serão comemorados os 20 anos que Luiz Gonzaga, o filho de Januário que nasceu no dia de Santa Luzia (daí o seu nome) em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu (Pernambuco), nos deixou.
Antes de se tornar músico, Luiz Gonzaga trabalhou na lavoura. Ainda bem que, nesse período, ele usava as suas horas vagas para aprender sanfona com o seu pai. Aos 12 anos, o futuro "Rei do Baião" já acompanhava o pai em apresentações em bailes e festas. Perto dos 18 anos, Luiz Gonzaga mudou-se para Crato (Ceará), onde se tornou corneteiro no 23º Batalhão de Caçadores. Passou por Minas Gerais e São Paulo até chegar ao Rio de Janeiro no final dos anos 30. No final da década, desligou-se do Exército e passou a se dedicar exclusivamente à música, até ser contratado pela Rádio Nacional. O radialista César de Alencar (que, juntamente com Paulo Gracindo, deu a ele o apelido de "Lua") o chamava de "o maior sanfoneiro nordestino". E, naquela época, isso não era pouca coisa, pode ter certeza...
Já em 1941, houve as primeiras gravações instrumentais de Luiz Gonzaga. Em 1945, Gonzagão registrou, pela primeira vez, uma canção com a sua voz - "Dança Mariquinha". No mesmo ano, Gonzaguinha nasceu. Em 1946, com a música "Baião", Luiz Gonzaga lançou um novo gênero musical chamado... baião! Escrita em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira, e gravada pelo grupo Quatro Azes e Um Coringa, a música é um manifesto de um gênero que se impôs no país, até o surgimento da Bossa Nova. E a verdade é que, entrava gênero, saía gênero (Jovem Guarda, Tropicália, Rock Brasil etc), o baião de Gonzagão nunca saiu de moda.
Mas foi em 1947 que ele gravou "Asa Branca", a sua música mais importante, também em parceria com Humberto Teixeira. A música é considerada, até hoje, uma das mais importantes da história da Música Popular Brasileira, tendo sido regravada por diversos artistas, como Rosinha de Valença, Fagner, Maria Bethânia, Caetano Veloso e Carmélia Alves. Após tal canção, Luiz Gonzaga gravou inúmeros sucessos, como "A Vida do Viajante" (com Hervé Cordovil), "Lorota Boa", "Juazeiro", "Assum Preto", "Respeita Januário" (as quatro com Humberto Teixeira), "Cintura Fina", "Imbalança", "O Xote das Meninas", "Vem Morena", "Riacho do Navio" (as cinco com Zé Dantas), "Olha Pro Céu" (com José Fernandes) e "Pau-de-Arara" (com Guio de Morais).
Luiz Gonzaga morreu aos 76 anos, em Recife, vítima de parada cardiorrespiratória. Até a sua morte, em 1989, Luiz Gonzaga gravou diversos discos e não parou de fazer shows por todo Brasil. Até mesmo porque, como diz aquela sua velha canção: "Minha vida é andar por esse país...".
E anda até hoje, 22 anos após a sua morte.
Vida e Morte de Luiz
Autor: Raimundo Didi - O Aprendiz de Poeta
Fonte: http://www.reidobaiao.com.br/vida-e-morte-de-luiz
Originalmente do Livro Poesia Sertaneja
Na fazenda Araripe
Gonzagão criou o forró.
Lá o fole roncou primeiro
A poeira deu um nó.
E o povo toda dançava
Pulando numa perna só.
Mas por causa de uma surra,
Ele teve que se mandá
Deixou pra trás sua famia,
Largou sua terra natá
E na estrada da vida
Ele saiu a pená.
Foi então a Fortaleza
A procura de emprego
Não demorou, se alistou
No exército brasileiro.
Ficou lá uns dez anos
Lutando como um guerreiro.
Mas o que ele queria
Era ser sanfoneiro
Foi então que viajou
Para o Rio de Janeiro
Daí o nosso menino
Foi inté pro estrangeiro.
Gonzaga se tornaria
Um ilustre brasileiro
Conseguiu fama e sucesso
Ganhou bastante dinheiro
E nas asas da Asa Branca
Conquistou o mundo inteiro.
Muitos anos se passaram
Ele resolveu voltá
Pois estava com saudades
Da sua terra natá
Queria rever seus pais
E a famia visitá.
Chegou em casa a noite
Para seu pai assustá
Januário quando viu
Foi logo lhe perguntá.
- Ôxente caba safado,
Isso é hora de chegá?
Mais Luiz já era rei
E tinha o que mostrá
Pegou sua sanfona branca
E começou a tocá,
Januário admirado
Ficou só a observá.
O povo lá no terrêro
Metêro o pau a dançá.
Os caba arrastava o pé
Fazendo péda vuá.
E o forró continuô
Inté o dia raiá.
Gonzagão puxava o fôle
Mostrando pra Januário
Seu fóle de cento e vinte
Melhor que o de oito baixo.
E o véi de boca aberta
Ficou todo admirado.
Mas quando ele pensou
Que estava agradando
Viu Raimundo Jacó
Que veio se aproximando
E com a voz dura
Foi logo lhe reclamando:
- Luiz respeite seu pai,
não se mêta a engraçado
se não lhe dou uma surra
que vai lhe esquentá o rabo.
Pois você é um moleque
E ele já tá criado.
O Exu ficou feliz
Gonzaga havia voltado
E voltou pra dá início
Ao seu grande reinado
O reinado da alegria
Do baião e do xaxado.
Foi o rei de um povo humilde
Tinha a todos como irmão
Defendendo os mais probres
Dos poderosos barão
E quando alguém precisava
Gonzaga lhe dava a mão.
A missão de Gonzaga
Estava quase acabando
Jesus o queria de volta
Sua hora ia chegando
Mas a história de Luiz
Estava só começando.
Uma grande doença
Atingiu nosso Gonzaga
Mas mesmo enfraquecido
Sua voz ainda cantava
Cantou a hora do Adeus
Que sua morte narrava.
Foi no dia dois de agosto
Que deu-se a definição
A notícia se espalhou
Em rádio e televisão
Nas manchetes anunciava
Que morreu o Gonzagão.
O povo num acreditava
Muita gente duvidou
Quando a televisão
Sua morte anunciou.
E na porta do hospital
Uma multidão se formou.
Exu sempre recebeu
O nosso rei do baião
Mas o povo num agüentou
Foi triste a situação
Quando Gonzaga chegou
Deitado em um caixão.
Foi assim que ele se foi
Mas jamais vou esquecer
Do nosso grande guerreiro
Que lutou até morrê.
Tradução do português para inglês
22 years of the death of Luiz Gonzaga
I miss this great man who sang and enchanted the Brazilian people, with their love and dedication shows in Brazil and Northeast world that people have their value and Culture, I am very proud to be conterranio this great man who knew better than no one to represent his people.
Luiz Saudade
The "King of the bay." Thus was - and still is today - called Luiz Gonzaga do Nascimento, responsible for dozens of masterpieces of Brazilian Popular Music. Next Sunday, 02 August, will be celebrated the 20 years that Luiz Gonzaga, the son of Gennaro was born on the day of Saint Lucy (hence its name) on December 13, 1912 in the town of Exu (Pernambuco), left us.
Before becoming a musician, Luiz Gonzaga worked in the fields. Thankfully, this time, he used his spare time to learn the accordion with his father. At age 12, the future "King of Baião" has accompanied his father in performances at dances and parties. Close to 18 years, Luiz Gonzaga moved to Crato (Ceará), where he became a bugler in the 23 Battalion of Hunters. Passed by Minas Gerais and Sao Paulo to get to Rio de Janeiro in the late 30s. At the end of the decade, detached from the Army and began to devote himself exclusively to music, and was hired by Radio National. The broadcaster Cesar de Alencar (which, along with Paul thanks, and gave him the nickname "Moon") called him "the greatest accordionist Northeast." And then, this was no small thing you can be sure ...
Already in 1941, was the first instrumental recordings of Luiz Gonzaga. In 1945, Gonzagão recorded for the first time, a song with his voice - "Dance Mariquinha." In the same year, Gonzales was born. In 1946, the song "Bay", Luiz Gonzaga launched a new musical genre called ... bay! Written in partnership with the attorney Humberto Teixeira Ceará, and recorded by the group Four Aces and a Joker, the song is a manifesto of a genre that was imposed in the country until the rise of bossa nova. And the truth is that, entering gender, gender out (Young Guard, Tropicalia, Rock Brazil etc.), the ballad of Gonzagão never out of fashion.
But it was in 1947 he recorded "Asa Branca", his most important song, also in partnership with Humberto Teixeira. The music is considered today one of the most important in the history of Brazilian popular music, having been re-recorded by many artists such as Rosie Valencia, Fagner, Maria Bethania, Caetano Veloso and Carmelia Alves. After this song, Luiz Gonzaga recorded numerous hits, including "A Traveler's Life" (with Hervé Cordovil), "Good fib", "Juazeiro", "Assum Preto", "Respect Gennaro" (the four with Humberto Teixeira), " Cintura Fina "," Imbalance "," The Xote das Meninas "," Come Morena, "" Ship Creek "(five with Zé Dantas)," Look to the sky "(with José Fernandes) and" Pau-de-Arara "(with scripts de Morais).
Luiz Gonzaga died aged 76, in Recife, a victim of cardiac arrest. Until his death in 1989, Gonzaga has recorded several albums and has not stopped touring throughout Brazil. Even because, as their old song that says: "My life is walking through this country ...".
And he walks up to now, 22 years after his death.
Life and Death of Louis
Author: Raymond Didi - The Apprentice Poet
Source: http://www.reidobaiao.com.br/vida-e-morte-de-luiz
Originally Sertaneja Poetry Book
On the farm Araripe
Gonzagão created forró.
There the first bellows roared
Dust knotted.
And all the people dancing
Jumping on one leg.
But because of a beating
He had to send
He left behind his famia,
He dropped his land cream
And the road of life
He left off.
He then went to Fortaleza
The job search
Soon, he joined
In the Brazilian army.
He remained there about ten years
Fighting like a warrior.
But what he wanted
It was to be accordionist
It was then that traveled
For Rio de Janeiro
Hence our boy
It was integrated pro abroad.
Gonzaga became
A famous Brazilian
Achieved fame and success
He earned enough money
And on the wings of Asa Branca
Conquered the world.
Many years have passed
He decided to return
Because he was homesick
Cream of his land
Wanted to see their parents
And famia visit.
He came home at night
To scare your dad
Gennaro when he saw
It was just ask him.
- Oxente caba bastard,
It's time to get?
King Louis was already more
And that was the show
White took his accordion
And began to play,
Gennaro admired
He just watching.
The people there in terrero
Put down the dance.
The foot dragging caba
Making pedagogical UHV.
And still forró
Inte day streak.
Gonzagão pulling the bellows
Showing to Januarius
His bellows one hundred twenty
Better than eight down.
And the open mouth vei
He got all admired.
But when he thought
What was pleasing
Jacob saw Raymond
That came approaching
And with a hard voice
It was just him complaining:
- Luiz respects his father,
not funny goal
if not give him a beating
it is going to reheat the tail.
Because you're a kid
And he's already created.
The Exu was happy
Gonzaga had returned
And again begins to
To his great reign
The reign of joy
Baião and xaxado.
It was the king of a humble people
He was like a brother to all
Defending the most probres
Of the powerful Baron
And when someone needed
Gonzaga gave him his hand.
The mission of Gonzaga
I was almost done
Jesus wanted him back
His time was coming
But the story of Louis
I was just starting.
A major disease
Hit our Gonzaga
But even weakened
His voice still sang
He sang the time of Farewell
Told of his death.
It was on August 2
Who gave the definition
The news spread
In radio and television
Headlines announced
What Gonzagão died.
The people believed in
Many people doubted
When television
Announced his death.
And the door of the hospital
A crowd formed.
Exu always received
Our king of the ballad
But the people in a bore
It was sad the situation
When Gonzaga came
Lying in a coffin.
That's how it was
But I will never forget
From our great warrior
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