contador de visitas
contador de visitas contador de visitas
Immobilien Frankfurt http://www.naosalvo.com.br

sábado, 12 de novembro de 2011

Breno Silveira vai filmar a história de amor e dor entre Gonzaguinha e seu pai, Luiz Gonzaga





RIO — De um lado, um ícone da cultura nordestina na música popular brasileira. Do outro, o filho adotivo que lutou por toda a vida para arrebatar sua admiração. No dia 13 de dezembro, aniversário de nascimento de Luiz Gonzaga (1912-1989), Breno Silveira, diretor de “2 filhos de Francisco” (2005), que arrastou 5,3 milhões de espectadores para os cinemas, começa a rodar “Gonzaga de pai pra filho”, levando às telas a história do sanfoneiro mais folclórico do país e de seu filho, o cantor e compositor Gonzaguinha (1945-1991). Uma história com direito a dores, alegrias, omissões e conciliação. Previsto para estrear no segundo semestre do ano que vem, de carona no centenário de nascimento de Gonzagão, o filme, orçado em cerca de R$ 10 milhões, nasceu de uma caixa de fitas cassete nas quais Gonzaguinha conversa com o pai.

— Fica claro naquelas gravações o quanto ele desconhecia aquele pai que morreu admirando o filho. Há trechos da conversa deles em que você chora. Trechos em que Gonzaguinha diz: “Tô chegando no sertão. Sertão que era do meu pai. Pai que eu não conheci direito.” Já Gonzagão fala: “Mesmo que não tenha sangue meu nas suas veias, você é meu filho” — conta Breno.

As fitas foram entregues ao diretor por Marcia Braga, uma das produtoras, e por Maria Rachel, que colabora com o roteiro do filme.

— Depois que “2 filhos de Francisco” estourou, comecei a receber biografias de todo tipo. Todas eram bonitas. Mas aí me caíram nas mãos as fitas que o Gonzaguinha gravou — lembra Breno, que atualmente finaliza o drama “À beira do caminho”, a ser lançado no primeiro semestre do ano que vem.


No papel de Gonzaguinha estará o gaúcho Julio Andrade, de 31 anos, protagonista de “Cão sem dono” (2007). Gonzagão será vivido por três atores diferentes, de acordo com as faixas de idade enfocadas no longa-metragem, que será rodado em 35mm, com fotografia de Adrian Teijido, de “O palhaço”. Na maior parte do filme, que abrange a ascensão artística do músico, dos 30 aos 50 anos, o Rei do Baião será o sanfoneiro Nivaldo Expedito de Carvalho, de 31 anos, um paulista de São Bernardo, conhecido como Chambinho do Acordeon (os outros nomes ainda não foram divulgados).

— Em 13 de dezembro, levo Chambinho para Recife, para registrar a multidão no show de aniversário de Gonzagão. Depois, retomo as filmagens de época em fevereiro, rodando em Exu, onde Gonzagão nasceu, nos arredores da Serra do Araripe e no Rio — diz o cineasta, que vai contar com Gilberto Gil para a trilha sonora do longa-metragem.


Estreante na telona, Chambinho contracena com Nanda Costa, que interpreta a dançarina e cantora Odaléia Guedes dos Santos, mãe de Gonzaguinha.

— Meu berço é musical — diz Chambinho. — Desde o meu bisavô, a minha família tem tradição de sanfoneiros. Cresci ouvindo essas músicas que Luiz Gonzaga consagrou e levanto a bandeira dos forrozeiros tradicionais. Aos 7 anos ganhei meu primeiro instrumento: um pandeiro. Aos 11, ganhei a sanfona. E nunca mais larguei. Desde 2000, vivo dela, que agora vai me levar ao cinema.

No elenco, haverá ainda participações de José Dumont e Angelo Antonio, com quem Breno rodou “2 filhos de Francisco”, e João Miguel, astro de “À beira do caminho”.

— Testei alguns atores, mas não encontrava a essência do Gonzagão. Resolvi então trazer para o Rio cinco sanfoneiros que foram treinados para atuar. No sorriso do Chambinho e no jeito como ele bate o pé dançando baião, encontrei o espírito que eu queria. Um espírito chapliniano marca as histórias de Gonzagão, que, após a morte de Odaléia, por tuberculose, deixa o filho de 2 anos para ser criado pelos padrinhos, no Morro de São Carlos — diz Breno. — Gonzagão foi um fenômeno de venda de discos. E o filme mostra que ele fica na pior numa época em que a carreira do filho está explodindo.

Em preparação para viver Gonzaguinha, Julio está buscando elementos da relação do músico com seus pais de criação: o casal Dina e Henrique Xavier.

— O Gonzaguinha era um cara introspectivo, movido pela música, que falava sempre na terceira pessoa. Preciso recuperar a relação dele com o padrinho Xavier, que o ensinou a tocar violão — diz Julio.

Além das fitas, Breno calça a narrativa do filme no livro “Gonzaguinha e Gonzagão — Uma história brasileira”, de Regina Echeverria. Ele entra na base do roteiro, escrito por Patrícia Andrade (“2 filhos de Francisco”) em colaboração com Maria Rachel e George Moura (“Linha de passe”) e sob a consultoria do dramaturgo Domingos Oliveira.

— O roteiro já chegou a ter 300 páginas de tanta história que me contaram. E olha que ainda falta gente para ouvir. Pesquisando, cheguei a encontrar uma gravação de “Pra não dizer que não falei de flores” feita por Gonzagão. Levei seis anos escrevendo esse filme porque aqui estamos tratando de um personagem mítico — diz Breno.

Segundo o diretor, se “2 filhos de Francisco” era a história de um sonho sob a ótica de um pai, seu filme sobre o clã Gonzaga é a saga de um mito vista pelo olhar de seu filho.

— Quando Gonzaguinha tinha uns 17 anos, teve uma briga com o pai, que se espantou ao ver um garoto barbado, de esquerda, fazendo música. Gonzagão quebrou o violão do filho e disse que só iria reconhecê-lo se ele tivesse anel de doutor. Sem pedir ajuda, Gonzaguinha se formou em Economia só para entregar um diploma ao pai e foi viver de música. Esse cara fez tudo para conquistar o amor do pai — diz o diretor, que fala de paternidade também no inédito “À beira do caminho”.

Concebido enquanto o roteiro de “Gonzaga de pai pra filho” era escrito, “À beira do caminho” traz João Miguel como um caminhoneiro obrigado a cuidar de um menino enquanto exorciza nas estradas o fantasma da morte da mulher.


— Meu pai, arquiteto, sempre foi tarado por fotografia. Esse amor pela imagem me aproximou do cinema — diz o cineasta, que encara “Gonzaga de pai pra filho” como um épico sobre o amor paterno. — Por onde viajo preparando locações para filmar com Chambinho, ouço Gonzagão. Sua música uniu o país.

Fonte: Rodrigo Fonseca (rodrigo.fonseca@oglobo.com.br)


Leia mais: http://extra.globo.com/tv-e-lazer/breno-silveira-vai-filmar-historia-de-amor-dor-entre-gonzaguinha-seu-pai-luiz-gonzaga-3092927.html#ixzz1dUjgJmEL


RIO - On the one hand, a cultural icon in the northeastern Brazilian popular music. On the other, the adopted son who fought all his life to snatch his admiration. On December 13, anniversary of the birth of Luiz Gonzaga (1912-1989), Breno Silveira, director of "two sons of Francisco" (2005), which drew 5.3 million viewers to theaters, begins to run "Gonzaga from father to son, "bringing the story to the screen the more folkloric accordion player in the country and his son, singer-songwriter Gonzales (1945-1991). A story with a right to pain, joys, omissions and conciliation. Slated to open in the second half of next year, a ride in the centennial of the birth of Gonzagão, the film, budgeted at about $ 10 million, was born of a box of tapes in which Gonzales conversation with her father.

- Clearly those recordings did not know how much he admired the father that his son died. There are excerpts of their conversation when you cry. Passages in which Gonzales says, "I'm comin 'in the outback. Hinton who was my father. Father I have not met the right. "Gonzagão It says:" I have not my blood in your veins, you're my son "- Breno account.

The tapes were delivered to the director by Marcia Braga, one of the producers, and Mary Rachel, who works with the screenplay.

- After "two sons of Francisco" broke, I started receiving all kinds of biographies. All were beautiful. But then I fell into the hands of the tapes that recorded Gonzales - remember Brian, who is currently completing the drama "Along the way," to be released in the first half of next year.


Gonzales will be the role of the gaucho Julio Andrade, 31, star of "stray dog" (2007). Gonzagão will be played by three different actors, according to the age groups focused on the feature film, which will be shot in 35mm, with photography by Adrian Teiji, "The Clown". Most of the film, which covers the rise of the artistic musician, from 30 to 50 years, the King of the bay will be the accordionist Expedito Nivaldo de Carvalho, 31, a St. Bernard São Paulo, known as the accordion Chambinho (the other names were not disclosed).

- On December 13, Chambinho take to Recife, to record the crowd in the show's birthday Gonzagão. Then return the filming period in February, running at Exu, where Gonzagão was born on the outskirts of the Serra do Araripe and Rio - says the filmmaker, which will feature Gilberto Gil for the soundtrack of the feature.


Newcomer on the big screen opposite Chambinho Nanda Costa, who plays the dancer and singer Odalis Guedes dos Santos, mother of Gonzales.

- My birthplace is musical - Chambinho says. - Since my grandfather, my family has a tradition of accordionists. I grew up hearing these songs dedicated to Luiz Gonzaga and raise the banner of traditional forrozeiros. At 7 years old I got my first instrument, a tambourine. At 11, I won the accordion. And never let go. Since 2000, live it, now take me to the movies.

In the cast, there will be appearances by José Dumont and Angelo Antonio, Breno who ran "two sons of Francisco", Michael and John, star of "Along the way."

- I tried some actors, but could not find the essence of Gonzagão. I then decided to bring the river five accordionists who have been trained to act. In Chambinho smile and the way he hits the foot dancing ballad, I found the spirit that I wanted. A spirit Chaplinesque Gonzagão brand stories, that after the death of Odalis, tuberculosis, leaves the child of two years to be created by the sponsors, in Morro de Sao Carlos - Breno says. - Gonzagão was a phenomenon of selling records. And the movie shows that he is the worst at a time when his son's career is exploding.

In preparation for living Gonzales, Julio is looking for elements of the musician's relationship with his foster parents, the couple Dina and Xavier Henry.

- The Gonzales was an introspective man, moved by the music, which always spoke in third person. I need to regain his relationship with his godfather Xavier, who taught him to play guitar - Julio says.

In addition to the tapes, Breno pants a film's narrative in the book "Gonzales and Gonzagão - A Brazilian history," Regina Echeverria. He enters the base of the screenplay, written by Patricia Andrade ("two sons of Francisco") in collaboration with Mary Rachel and George Moura ("Pass Line") and under the advice of playwright Domingos Oliveira.

- The script has come to have 300 pages of story that told me so. And look at what remains to us to hear. Searching, I find a recording of "Not to say that I did not speak of flowers" made by Gonzagão. It took me six years writing this film because here we are dealing with a mythical character - says Breno.

According to the director, if "two sons of Francisco" was the story of a dream from the perspective of a father, his film about the Gonzaga clan is the saga of a myth seen through the eyes of his son.

- When Gonzales was about 17 years, had a fight with his father, who was astonished to see a bearded boy, left, making music. Gonzagão broke the guitar of his son and said he would recognize him if he had the ring doctor. Without asking for help, Gonzales graduated in Economics just to deliver a diploma to his father and went to live music. This guy did everything to win the love of the father - says the director, speaking also on paternity unprecedented "by the wayside."

Designed as the script of "Gonzaga from father to son" was written, "On the verge of the road" features John Michael as a truck driver required to care for a child until the roads exorcises the ghost of the woman's death.


- My father, an architect, has always been crazy about photography. This love brought me into the image of the film - says the filmmaker, who sees "Gonzaga from father to son" as an epic tale of parental love. - For locations where travel preparing to shoot with Chambinho, Gonzagão hear. His music has united the country.

Source: Rodrigo Fonseca (@ rodrigo.fonseca oglobo.com.br)


Breno Silveira will film the story of love and pain between Gonzales and his father, Luiz Gonzaga

Nenhum comentário:

Postar um comentário