“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor". Luiz Luz Gonzaga " Gonzagão"
sábado, 20 de agosto de 2011
Em sua edição de 26 de setembro de 1979, a revista Veja trazia uma matéria de capa com Gonzaguinha
Em sua edição de 26 de setembro de 1979, a revista Veja trazia uma matéria de capa com Gonzaguinha, de 5 páginas, escrita pela jornalista Regina Echeverria, que mais tarde escreveria
“Gonzaguinha e Gonzagão”,
uma biografia de ambos. Regina também é autora de uma biografia de Elis Regina, Furacão Elis. O destaque que a revista dava a Gonzaguinha, é em virtude do artista estar vivendo na época uma grande ascenção artística, de compositor elitista e pouco popular, a compositor e cantor de sucessos consagradores, a ponto de na época estar entre os dez compositores que mais faturavam em direitos autorais. A matéria começava dizendo:
“Não dava mais pra segurar. Muito menos para dissimular ou disfarçar. O que o magro, desengonçado, quase sempre taciturno e patético Luiz Gonzaga Júnior tentou esconder e não conseguiu desabafar saiu com força de seu peito como para dizer: “Chega de temer e sofrer”. Insistiu em que seu sorriso estava preso, guardado atrás daquele jeito seco, daquela cara amarrada. Que seu corpo estava duro, defendido atrás de um violão. Como se num toque de mágica, quase sobrenatural, o caminho lento e sofrido de dez anos convergisse para uma certa noite, há duas semanas, quando estreou em São Paulo seu show “Gonzaguinha da Vida”, no qual vive um pouco da letra de sua música e explode o coração, para uma plateia que parecia estar plantada ali para exigir justamente isso.”
Um box da matéria, escrito por Joaquim Ferreira dos Santos (hoje colunista d'O Globo), intitulado “Gonzagão e seu filho maravilhoso” traz um depoimento de pai pra filho:
“Na manhã de sábado passado, enquanto se certificava de que o cheiro de borracha queimada que invadia seu apartamento na Ilha do Governador provinha efetivamente do térreo , onde funciona uma arquiinimiga oficina de automóveis, Luiz Gonzaga, 66 anos, avivava suas primeiras impressões do tempo em que o filho, com 17 anos, resolveu morar com ele:
“Ficava o dia inteiro tocando violão em cima da cama, olhando para as letras das músicas, e eu reclamava da posição em que ele ficava – as costas curvadas para a frente, sobre o violão. Eu dizia que ele ia ficar corcunda e podem reparar que, hoje, é meio curvado (...)" De recente experiência conjunta na gravação de “Vida de Viajante”, porém, guarda uma lição:
“Nessa música eu cometi três erros, troquei palavras, entrei na hora errada, mas ele fez questão de deixar assim mesmo, dizendo: “Você errou muitas vezes, meu pai”. Para Gonzagão, o herdeiro é uma benção divina: “Tantos homens casam por amor e nascem filhos defeituosos, que não dão em nada. Eu sempre tive essa vida desregrada, vivi na zona de prostituição no mangue – e me nasceu esse artista maravilhoso.”
Tradução do português para inglês
In its issue of September 26, 1979, Veja magazine featured a cover story with Gonzales, 5 pages, written by journalist Regina Echeverria, who later wrote
"Gonzales and Gonzagão"
a biography of both. Regina is also the author of a biography of Elis Regina, Elis Hurricane. The highlight of the magazine gave Gonzales is under artist living in a great season ascent artistic, elitist and unpopular composer, the composer and singer of hits consecrated to the point of the season to be among the ten most composers billed in copyright. The article began by saying:
"It was not more to insure. Much less to conceal or disguise. What lean, lanky, taciturn and often pathetic Luiz Gonzaga Jr. tried to hide and could not vent out the force of his chest as if to say: "Enough of fear and suffering." He insisted that his smile was arrested, kept behind like that dry, that frowned. That his body was stiff, guarded behind a guitar. As a touch of magical, almost supernatural, the slow path and suffered a decade converge to a one night two weeks ago when he debuted his show in São Paulo "Gonzales of Life," in which he lives a little bit of your letter music explodes and the heart to an audience that seemed to be planted there to demand just that. "
A box of matter, written by Joaquim Ferreira dos Santos (now a columnist of The Globe), entitled "Gonzagão and his wonderful son" brings a statement from father to son
"On the morning of Saturday, while making sure that the smell of burnt rubber that had invaded his apartment on Governor's Island actually came downstairs, where he runs an auto body shop archenemy, Luiz Gonzaga, 66, revived his first impressions of the time in which the son, aged 17, decided to live with him:
"She spent all day playing guitar on the bed, looking at the lyrics, and I complained about the position in which it was - the back bent forward on the guitar. I said he'd be a hunchback, and may note that today is bent through (...)" In recent joint experience in the recording of "Life of traveler," but keeps a lesson:
"In this song I made three errors, exchanged words, went at the wrong time, but he insisted on leaving anyway, saying," You missed a lot of times, my father. " To Gonzagão, the heir is a divine blessing: "So many men marry for love and defective children are born, they go nowhere. I always had this wild life, lived in the area of prostitution in the swamp - and I was born this wonderful artist. "
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