“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor". Luiz Luz Gonzaga " Gonzagão"
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Maria Bethânia - "Grito de Alerta" (TV Globo, 1979)
Maria Bethania cantando Gonzaguinha
Ela é perfeita
As Chicas e Simone - Eu apenas queria que você soubesse
Perfeito o vídeo.
Está aí a prova que o talendo viaja de geração em geração. Gostaria muito de em 2012 assistir a um especial "Centenário Família Gonzaga". Vamos torcer!
Luiz Gonzaga e Gonzaguinha - "A Vida do Viajante"
Lindo! Como eu gostaria de ver as gerações contemporâneas produzindo música assim, despretensiosa e tipicamente brasileira! Dois talentos que nos deixaram muito cedo.
Gonzaguinha - viver e não ter a vergonha de ser feliz
Veja só o que podemos difinir com a Vida
obrigado meu guerreiro Gonzaguinha por nos
mostrar o que é a vida!!!
Fagner Espere por mim Morena
Na voz de fagner a lidissima musica espere por mim morena de Gonzaguinha
Nunca pare de sonhar - Gonzaguinha
Que o futuro seja agora, pois vivemos muito pensando no passando e queresmo sempre adivinha o futuro e sempre esquecemos de viver o presente, quew ele seja bem mas presente no seu ser sempre
abraço
Sangrando - Gonzaguinha
nossa gonzaguinha!! vc é o maximo mesmo... não sei qual composição sua é a melhor.. que voz.. que melodia.. que letra.. !!!
qdo eu crescer quero ser você!!!! olha.. se é verdade que existe vida após a morte eu vou te procurar no céu .. só prá ficar ouvindo vc cantar.. beijos.. onde vc estiver!
Que delicia ouvir suas letras
♪♥♫ Feliz - Gonzaguinha ♪♥♫
O meu amor mais secreto do intino do meu ser, essa musica representa do amor e carinho que sinto por você meu amor
obrigado por você existir
Gonzaguinha - Recado
Para mues eternos e verdadeiros amigos obrigado por tudo
muito obrigado por fazer parte de sua historia
Começaria tudo outra vez
Gonzaguinha
Começaria Tudo Outra Vez (1976)
Começaria tudo outra vez
Je serais prêt à tout recommencer
Se preciso fosse, meu amor
S'il en était besoin, mon amour
A chama em meu peito
La flamme en mon coeur
Ainda queima, saiba!
Brûle encore, tu sais!
Nada foi em vão...
Rien ne fut en vain...
A cuba-libre dá coragem
Le cuba-libre donne du courage
Em minhas mãos
Entre mes mains
A dama de lilás
La dame en mauve
Me machucando o coração
Me blesse le coeur
Na sêde de sentir
Dans l'espoir de sentir
Seu corpo inteiro
Son corps tout entier
Coladinho ao meu...
Collé contre le mien...
E então eu cantaria
Et alors je chanterais
A noite inteira
Toute la nuit
Como já cantei, cantarei
Comme j'ai déjà chanté, je chanterai
As coisas todas que já tive
Tout ce que j'ai déjà eu
Tenho e sei, um dia terei...
Ce que j'ai et aurai un jour, je le sais...
A fé no que virá
La foi en ce qui vient
E a alegria de poder
Et la joie de pouvoir
Olhar prá trás
Regarder derrière
E ver que voltaria com você
Et voir que je reviendrais avec toi
De novo, viver
De nouveau, vivre
Nesse imenso salão...
Dans cet immense salon...
Ao som desse bolero
Au son de ce bolero
Vida, vamo nós
Vie, continuons
E não estamos sós
Et nous ne sommes pas seuls
Veja meu bem
Tu vois ma chérie
A orquestra nos espera
L'orchestre nous attend
Por favor!
S'il te plait!
Mais uma vez, recomeçar...(3x)
Encore une fois, recommencer...(3x)
Frase de Gonzaguinha
Frases
"É somente através do trabalho da comunidade que nos vamos conseguir realizar alguma coisa, somente o trabalho conjunto e o respeito ao trabalho que vai nos levar aquilo que nos queremos. Uma melhor qualidade de vida. E nos queremos o melhor. É ou não é?" (Show em Exu em 1989)
"...eu acho que estou aprendendo aos poucos... né? Eu espero que agora eu agrida menos as pessoas do que há alguns anos atrás, quanto menos eu agredir as pessoas no futuro, para mim é melhor! Isso é o que eu acho que eu devo conseguir, e que aos poucos eu vou conseguindo, eu ainda tenho muita coisa pra aprender... devagar... e tal. Mas um dia quem sabe eu chego lá, quem sabe daqui a uns vinte anos... quem sabe?... Eu tenho paciência para aprender... " (Gonzaguinha, 3.12.1990 Quatro meses antes do seu falecimento)
“Algumas pessoas acham que o artista tem que rir tem que encher o vídeo de dentes. Não tenho a menor pretensão de ser coerente. Além do mais, sou feio. E faço letras claras que às vezes, as pessoas demoram a sacar”. (Gonzaguinha)
“Sei que jamais vou agradar a todos. Mais quero é me agradar, me sentir muito bem, sabendo que nunca vou ser o que os outros querem”. (Gonzaguinha)
“Meu movimento é de lagarta, sigo em frente e volto”. (Gonzaguinha)
“Eu tenho muito prazer pelo meu trabalho. Será uma revolução o dia que todos brasileiros trabalharem por prazer”. (Gonzaguinha)
“Quero me divertir, divertir os outros. Mas também está na hora de dar um mergulho fundo”. (Gonzaguinha)
“Eu sou uma confusão muito grande, sou virginiano, contraditório e uso minha contradições a meu favor” (Gonzaguinha)
“Até compor componho sem o violão. Convivo com minhas dependências, minhas carências, posso expô-las com tranqüilidade”. (Gonzaguinha).
“Agora eu sei pedir ajuda, quando preciso, tenho consciência das minhas fraquezas e dependências. Isso me dá autonomia para um vôo maior. Porque o importante não é chegar lá, é poder voltar”. (Gonzaguinha)
“Existe uma série de dificuldades imposta pelo poder. Tudo deve ser feito muito claramente e, para que isso ocorra, o povo brasileiro tem que estar organizado, mobilizado”. (Gonzaguinha)
“Depois do buraco vem o buraco, mas a vida ensina a enfrentar os perigos e a coisa vai ficando mais fácil porque o tempo possibilita o encontro da paz interna, o alcance da (coisa cristalizada) o entendimento da simples complexidade que cada pessoa é”. (Gonzaguinha)
"A música não faz a revolução, nosso poder é o de encantar, informar, alegrar, e, em determinados momentos, formar. Podemos fazer política sem ser políticos. Mas não somos donos do país, somos regidos por um sistema, de acordo com ele ou não" (Gonzaguinha, em 1978)
"De tempos em tempos ele vinha me visitar, ia me levar pra comprar uma roupa. Geralmente aparecia e eu não estava em casa" (Gonzaguinha, 1979, em relação a ausência do seu pai na infância)
"Ele não acreditava em mim pela minha formação , não tinha domínio sobre mim, temia que eu não virasse boa coisa" (Gonzaguinha, 1979 em relação a Gonzagão)
"Uma coisa eu aprendi pelas estradas por onde eu andei, e que eu sei que vou levar para estradas por onde eu vou andar. Eu aprendi que é fundamental que eu tenha respeito pela minha pessoa, pra que eu possa evidentemente passar esse respeito para outras pessoas. Porque não há uma coisa "mais maior de grande" do que a pessoa e porque somente juntos, somente unidos, é que nos vamos conseguir uma coisa bem maior chamada a nossa liberdade" (Gonzaguinha em 1984 show com Gonzagão )
" Só quero ver as pessoas assobiando as minhas músicas" (Gonzaguinha em 1990)
"Eu não obrigo ninguém a fazer o que não gosta... Eu só faço o que eu gosto" (Gonzaguinha, em 1990)
Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior
Infância
Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior nasceu em 22 de setembro de 1945, no Rio de Janeiro, filho legítimo de Luiz Gonzaga, o rei do baião, e Odaléia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil.
"Venho de Odaléia uma profissional daquelas que furam cartão e de vez em quando sobem no palco; ela cruzou com meu pai e de repente eu vim" (Gonzaguinha)
A mãe morreu de tuberculose ainda muito moça, com apenas 22 anos de idade, deixando Gonzaguinha órfão aos dois anos, e o pai, não podendo cuidar do menino porque viajava por todo Brasil, entregou-o aos padrinhos
"Dina (Leopoldina de Castro Xavier) e Xavier (Henrique Xavier), baiano do violão das calçadas de Copacabana, do pires na zona do mangue, morro de São Carlos foram eles que me criaram e por isso eu toco violão. (Gonzaguinha)
As primeiras letras Gonzaguinha aprendeu numa escola local, mas as verdadeiras lições de vida recebeu pelas ladeiras do morro. Quando garoto, para conseguir algum dinheiro, carregava sacolas na feira.
Moleque Luizinho – seu apelido de infância, ia aprontando das suas. Pipas, peladas, bolinha de gude, pião e os acidentes da infância. Como as três vezes em que furou o olho esquerdo. Na primeira, com uma pedrada, depois, com um estilingue e, na quina da cama, com isso perdeu 80% da visão desse olho.
No carnaval fugia com Pafúncio, um vendedor de caranguejos que morava nas redondezas e era membro da ala de compositores da Unidos de São Carlos, a partir daí, o samba estaria definitivamente em sua vida. Nas ruas do Estácio, Gonzaguinha ia crescendo, entre a malandragem dos moleques de rua e o carinho da madrinha.
Do pai, recebia o nome de certidão, dinheiro para pagar os estudos e algumas visitas esporádicas. Imerso no dia-a-dia atribulado da população, Gonzaguinha ia aprendendo a dureza de uma vida marginal, a injustiça diária vivida por uma parcela da sociedade que não tinha acesso a nada.
O aprendizado musical se fez em casa mesmo, ouvindo o padrinho tocar violão e tentando fazer o mesmo:
"Sempre toquei um instrumento e poderia chegar a tocar bem, sendo um músico profissional, coisa que não sou. Sou um compositor e um intérprete que também toca violão, mais não sou músico nem tenho intenção de me arvorar a sê-lo" (Gonzaguinha)
Quando pequeno, Gonzaguinha ouvia Lupicínio Rodrigues, Jamelão e as músicas de seu pai. Gostava de bolero e era assíduo freqüentador de programas sertanejos. Ouvia também muita música portuguesa, pois D. Dina sua madrinha e mãe adotiva, era filha de portugueses e manteve-se ligada às tradições familiares.
Juventude
Aos catorze anos, Gonzaguinha escrevia sua primeira composição: Lembranças da Primavera. Pouco mais tarde , compôs Festa e From U.S of Piauí, que seu pai gravaria em 1967.
Em 1961, Gonzaguinha, que estava completando 16 anos, foi morar com o pai em Cocotá. Xavier e Dina não podiam dar estudos para o garoto, que queria estudar economia.
Neste ano Gonzaguinha estudou muito, desde então jamais repetiu um ano, lia todos os jornais e guardava tudo num saco de estopa, ele dizia que esses jornais podiam ajudar ele nos estudos. Só depois de formado é que ele jogou tudo fora.
Trancado no quarto, estudava economia e tocava violão. Quando saía, ia para a praia jogar futebol, sua outra paixão. Como já fizera no morro de São Carlos, esquecia dos horários e nunca vinha almoçar.
Em dezembro de 61, ocorreu o primeiro acidente automobilístico de sua vida, em viagem com o pai e uma amigo, a caixa de mudança do carro enguiçou, isso ocorreu no Rio, em direção a Miguel Pereira, Gonzagão ficou um mês hospitalizado, e Gonzaguinha só sofreu um grande susto.
Os desentendimentos com Helena, esposa de Gonzagão, fizeram com que o menino acabasse sendo interno em um colégio. Talvez tenha sido a partir daí que o "homem" Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior tenha começado a se delinear. Não só concluiu o Curso Clássico, como ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes (Rio de Janeiro). Aquele que tinha tudo para não dar em nada, começava a mostrar o cidadão consciente social e politicamente.
O começo da amizade com Ivan Lins e alguns outros teve inicio na rua Jaceguai, na Tijuca onde morava o psiquiatra Aluízio Porto Carrero, um homem que gostava de levar pessoas a sua casa para longas conversas, jogos de cartas ou uma roda de violão.
Foi nesta casa que Gonzaguinha conheceu Ângela, sua primeira esposa, mãe dos seus dois filhos mais velhos, Daniel e Fernanda .
Das rodas de violão na casa do psiquiatra nasceu o M.A.U. (Movimento Artístico Universitário) e dele faziam partes nomes como Ivan Lins, Aldir Blanc, Paulo Emílio, César Costa Filho. "Éramos um Grupo com pretensões de romper as barreiras do mercado de trabalho, com a consciência de que os festivais não projetavam ninguém" (Ivan Lins). O MAU acabaria sugado pela TV Globo que em 1971 lançava o programa "Som livre exportação".
Nos primeiros dois meses as coisas caminharam bem e o grupo fez grande sucesso. Passando esse período, na hora da renovação do contrato, a Globo só queria Ivan Lins, Gonzaguinha e César Costa Filho. No início eles procuraram manter-se unidos , "na base do ou assina todo mundo ou ninguém assina". Passados os primeiros dias, as grandes somas envolvidas, as diferenças pessoais e outros fatores cindiram o grupo. O programa continuou por mais algumas semanas, comandado por Ivan lins, que foi o que mais vacilou na defesa do grupo.
"Não era uma questão de eu ser mais ou menos forte que o Ivan. É uma questão estrutural. Só isso. A minha imagem de antipatia não permitia que as pessoas tentassem me cooptar. Isso me deixava muito distante. (Gonzaguinha)
Foi nessa época que se difundiu a imagem de Gonzaguinha como um artista agressivo, chegando um jornalista a chamá-lo de "cantor rancor". Para o compositor, sua agressividade foi criada pelo sistema para ele vender mais.
Em 1973, Gonzaguinha participou do programa Flávio Cavalcanti apresentando a música Comportamento Geral num dos concursos promovidos pelo programa. Os jurados ficaram apavorados com a letra que dizia "Você deve aprender a baixar a cabeça e dizer sempre muito obrigado/ São palavras que ainda te deixam dizer por se homem bem disciplinado/ Deve pois só fazer pelo bem da Nação tudo aquilo que for ordenado".
Muita polêmica, uma advertência da censura mas, em compensação, o compacto gravado pelo compositor, que estava encalhado nas prateleiras das lojas, esgotou-se em poucos dias e logo Gonzaguinha pulava do quase anonimato para as paradas de sucesso na Rádio Tamoio e era convidado para gravar um novo disco.
Como era de se prever naqueles anos de chumbo, a divulgação da música logo foi proibida em todo o território nacional e Gonzaguinha "convidado" a prestar esclarecimentos no DOPS. Seria a primeira entre muitas visitas do compositor ao orgão público. Para gravar 18 músicas, Gonzaguinha submeteu 72 à censura - 54 foram vetadas!
Apesar de toda a perseguição, Gonzaguinha nunca deixou de divulgar seu trabalho: quer seja em discos onde driblava os censores com canções alegóricas, quer seja em shows onde, além de cantar as músicas que não podiam ser tocadas nas rádios, Gonzaguinha não se continha e exprimia suas opiniões e sua preocupação com os rumos que a nação tomava.
Maturidade
Em 1975, Gonzaguinha dispensou os empresários e essa atitude foi fundamental para sua carreira, segundo Gonzaguinha a vantagem de trabalhar independente dos empresários está nos contatos que o artista mantém com várias pessoas, o que concorre para recuperar se a base humana do trabalho.
O ano de 1975 foi particularmente importante na vida do compositor: tendo contraído tuberculose, Gonzaguinha viu-se obrigado a passar oito meses em casa e aproveitou o tempo para meditar e refletir sobre si mesmo. Neste período acabou chegando a algumas conclusões importantes.
"Achei que devia retomar toda uma espontaneidade em termos de apresentação, de estar no palco como se estivesse em qualquer outro lugar" (Gonzaguinha)
O ano de 1975 também marcou o início das suas excursões pelo Brasil, em que rodou todo o país de violão. Com isso, conseguiu solidificar as bases nacionais de sua arte e descobriu a importância de seu pai, na música popular brasileira.
Em 1976, Gonzaguinha gravou o LP Começaria Tudo Outra Vez. O disco, de acordo com o próprio autor, representou a capacidade de voltar ao início da carreira, retomar a espontaneidade perdida e "assumir a coerência de um trabalho que vem se estendendo há muito tempo"
Em 1981 nasceu Amora Pêra, filha de Gonzaguinha e da Frenética Sandra Pêra.
Depois disso, sua carreira constituiu um coleção de sucessos, tanto nas apresentações ao vivo como nos diversos LPs que lançou, entre os quais Gonzaguinha da vida (1979), Coisa Mais Maior de Grande (1981), Alô, Alô Brasil (1983), em toda essa trajetória, Gonzaguinha tem demonstrado, ao lado de qualidades artísticas indiscutíveis, uma grande coerência de idéias sobre a arte, a vida e a dimensão política do homem.
Seus últimos 12 anos de vida, Gonzaguinha passou-os ao lado de Louise Margarete Martins
- a Lelete. Desta relação nasceu Mariana, sua caçula. Até hoje Lelete e Mariana vivem em Belo Horizonte, cidade onde Gonzaguinha viveu durante dez anos.
A vida em Minas, mais calma, com longos passeios de bicicleta em torno da lagoa da Pampulha, marcou um período mais introspectivo de sua carreira. O músico dedicava-se a pesquisar novos sons dividindo-se entre longos períodos em casa e demoradas turnês de shows pelo país.
A mais importante dessas turnês talvez tenha sido com o show "Vida de Viajante", ao lado do pai Luiz Gonzaga, em 1981. Não apenas um show, "Vida de Viajante" selou o reencontro de pai e filho, a intersecção de dois estilos, o Brasil sertanejo do baião encontrando o Brasil urbano das canções com compromisso social e uma só paixão - o palco.
Se "Todo artista tem de ir aonde o povo está", lá estavam pai e filho deixando mágoas, desavenças, ressentimentos na poeira das estradas. Viajando juntos por quase um ano, mais do que se perdoaram - tornaram-se amigos. Não houve reconciliação, houve compreensão.
Acidente
O acidente que tirou a vida de Luiz Gonzaga Júnior, aconteceu na manhã do dia 29 de abril de 1991 , ocorrido no quilômetro 30 da BR-280, entre os municípios de renascença e marmeleiro, na região sudoeste do Paraná e a cerca de 420 quilômetros de Curitiba.
O Monza dirigido por Gonzaguinha bateu de frente no caminhão F-4000 com placa de Marmeleiro(PR), Gonzaguinha ainda chegou a ser levado a policlínica São Francisco de Paula, em Francisco Beltrão onde chegou sem vida
Os passageiros que viajavam com o Cantor, seu empresário Renato Manoel Duarte e Aristide Pereira da Silva, foram internados na mesma policlínica em estado de coma, ambos tiveram traumatismo craniano. O Renato foi o único sobrevivente.
Segundo um patrulheiro da policia rodoviária estadual, disse que possivelmente o sol atrapalhou a visão do motorista da caminhonete , pertencente a um matadouro. O motorista cruzou a pista para entrar numa estrada de terra que conduz ao matadouro e atingiu o Monza. No asfalto, ficou a marca da freada do automóvel por quase 50 metros.
Gonzaguinha seguia em destino a Foz do Iguaçu onde de lá tomaria um avião com destino a Florianópolis, para a realização de seis shows em Santa Catarina.
Repercussão
Ney Matogrosso
“ É tão súbito que nem sei o que dizer. Éramos amigos e há, pouco tempo, chegamos a estar bem próximos mesmo sem ter trabalhado juntos. Mais do que seu trabalho, gostava dele como pessoa”
Fagner
“ Era muito ligado a ele e a toa sua família. Tudo que posso dizer nesse momento é que estou chocado”
Joanna
“ Gonzaguinha era um poeta contemporâneo, que abordava a alma feminina de uma forma completa. Através da palavra, desnudava o universo da mulher> Ele tinha a sensibilidade à flor da pele. Na minha obra é de extrema importância. Sempre esteve presente nos meus trabalhos, desde que fez a música agora para o meu primeiro LP”
Simone
“ Era uma pessoa de quem gostava muito.Tinha um grande talento. Estou muito chocada agora para dizer para dizer mais alguma coisa”
Arquiles (MPB-4)
“ Nós éramos muito amigos. Sempre tivermos uma ligação forte porque o MPB-4 gravou muitas músicas dele. Ele nunca nos negou uma composição inédita. Nossas posições políticas também eram parecidas”
Abel Silva
“ A música brasileira perde um grande compositor de apelo popular, que dizia ass coisas com muito precisão e coragem. As canções que ele deu para a Bethânia por exemplo vão ficar. Na última vez que o vi, ele disse: ‘tenho saúde, resto a gente tira de letra’.”
Nana Caymmi
“Tinha um carinho grande pelo compositor e pelo ser humano. Vai ficar faltando um pedaço. À importância da obra dele é enorme. Com o tempo sentiremos falta de sua música. Ele lutava pela pátria. Sempre fui sua amiga e era muito ligada a ex-mulher dele, Ângela .Nossos filhos cresceram juntos. È horrível e inacreditável que isso tenha acontecido
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